Antonio Frederico Ozanam
Graças a Antonio Queiroz fiquei conhecendo a figura admirável de Ozanam e um pouco de sua incomparável obra em favor dos pobres.
Antonio Queiroz foi um cidadão de peregrinas virtudes, um homem honrado, chefe de família exemplar, um homem de muita fé em Deus.
Ozanam - Antonio Frederico Ozanam - foi o fundador da Sociedade de São Vicente de Paulo. Foi também um dos maiores de seu tempo, tanto na cátedra de Literatura Estrangeira da Sorbonne, como nas barras do tribunal de Lyon. Aconselhava Ozanam, para a Sociedade Vicentina, o trabalho sem a preocupação de aparecer. Jovem ainda (13 anos) venceu a primeira crise intelectual e decidiu dedicar-se aos estudos da Religião. Abraçou a causa vicentina advertindo alguns e a todos recomendando a santificação, tal como ele próprio era levado a fazer, pondo sinceramente seus desejos sob os auspícios da Mãe Celeste. Nasceu em 23 de abril de 1813, na cidade de Milão, sendo o 5º filho de João Antonio Ozanam e Maria Nantas. Freqüentou o Colégio Real de Lion. Nesse ambiente, Noirot influiu intensamente na sua formação. Aos 17 anos esteve pela primeira vez em Paris, para estudar Direito na Sorbonne. Conheceu, então, o sábio Ampére, entrando em contacto com Lamartine, Chateaubriand e Ballanche. Estreitando laços de amizade com Lallier e Lamache formaram um grupo de moços que na Sorbone viria batalhar em defesa da Fé Católica. Com os amigos organizou, a fim de melhor se prepararem para a luta, uma série de conferências sobre Filosofia da História,convidando Gerbet para realizá-la. Para que também os não-católicos pudessem conhecer o Credo Católico, imaginou organizar reuniões com liberdade de exposição de idéias e de discussão, sob a presidencia de um juri para decidir sobre a vitória dos disputantes e, assim,adere à Conferência de História sob a orientação de Joseph Emmanuel Bailly. Posteriormente, pela crítica de seus próprios frequentadores, transformou-se a Conferência de História na Conferência de Ciaridade. Bailly, diretor da Tribune Catholique, é, então, escolhido conselheiro do movimento. Ozanam, vai a Itália e visita Milão, Assis, Bolonha, Florença e Roma. Léon Le Prévost, um dos companheiros de Ozanam, em 1834, sugeriu a adoção do patrocínio de São Vicente de Paulo e o nome de Conferência de São Vicente de Paulo. Por proposta de Ozanam, é invocada a proteção de Nossa Senhora para a Conferência e escolhido uma de suas festas (8 de dezembro) para que a Rainha do Céu seja especialmente honrada. Voltando a Paris para preparar a tese de doutoramento em Direito, pleiteou com outros companheiros, do Arcebispo de Paris, Mons. Quélen, a realização das conferências para estudantes em Notre Dame. Mais de cinco mil pessoas estiveram presentes na Catedral de Notre Dame vibrando com a palavra de Lacordaire. Importante e decisiva foi a participação de Ozanam para tão grande êxito. Defendendo tese na Sorbonne conquistou o título de Doutor em Direito. Com a tese sobre A Divina Comédia e a Filosofia de Dante Alighieri conquistou o título de Doutor em Letras pela Sorbonne. Foi, sucessivamente, Professor de Direito Comercial, em Lyon, e suplente da cadeira de Literatura Estrangeira da Sorbonne que conquistou defendendo a tese oral História dos Eclesiásticos Gregos e Latinos, deixando, então, definitivamente Lyon. No seu magistério na Sorbonne, Ozanam, desenvolveu em suas aulas os temas: Os Germanos antes do Cristianismo, o Cristianismo junto aos Francos, O Sacro Romano Império, os Niebelunge. Em 1844 é emposado na cátedra de Literatura Estrangeira na Sorbonne, sucedendo a Fauriel. Em viagem na Itália colheu material para a obra Os Poetas Franciscanos na Itália no Século XIII Século. Na Sorbonne desenvolveu estudos sobre a Civilização Cristã no V Século e a Origem da Civilização junto aos Germanos. Iniciou a obra A História da Civilização nos tempos barbáros, chegando a compor os volumes: Os Germânicos antes do Cristianismo e Cristianismo junto aos Francos, que apareceram em 1849. O 3º volume História da Civilização Cristã no V Século veio a luz em 1856, após a sua morte que ocorreu aos 40 anos, em Marselha, aos 8 dias do mês de setembro do ano de 1853.
Em agosto de 1997 Ozanam foi beatificado pelo Papa João Paulo II.
Poucos, bem poucos, são os leigos levados aos altares.
Adotou no trabalho de criação da Sociedade de São Vicente de Paulo o preceito “IL FAUT ENLACER LA FRANCE DANS UN RÉSEAU DE CHARITÉ”” tornando-o uma regra universal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário